8.9.07

JERUSALÉM, Ontem e Hoje


Jerusalém capital de Israel e sede de seu governo, é a maior cidade do país. Seus 634.000 habitantes (dos quais 14.000 são cristãos) constituem um mosaico de diversas comunidades nacionais, religiosas e étnicas. Jerusalém é uma cidade com sítios históricos cuidadosamente preservados e restaurados e modernos edifícios, bairros em constante expansão, zonas comerciais, centros comerciais, parques industriais de alta technologia e áreas verdes bem cuidadas. É uma cidade antiga e moderna ao mesmo tempo, com tesouros do passado e planos para o futuro.

A santidade de Jerusalém é reconhecida pela três grandes religiões monoteístas - o judaísmo, o cristianismo e o islã - mas a natureza desta santidade difere nas três crenças.

Para o povo judeu, a própria cidade é santa. Escolhida por Deus em sua aliança com David, Jerusalém é a essência e o centro da existência e continuidade espiritual e nacional judaicas. Durante 3.000 anos, desde o tempo do Rei David e da construção do Primeiro Templo por seu filho, o Rei Salomão, Jerusalém tem sido o foco da prece e da devoção judaicas. Há quase 2.000 anos os judeus se viram na direção de Jerusalém e do Monte do Templo quando rezam, onde quer que estejam.

Para os cristãos, Jerusalém é uma cidade de Lugares Santos associados a eventos da vida e ministério de Jesus e ao início da igreja apostólica. Estes são locais de peregrinação, prece e devoção. As tradições que identificam alguns destes sítios datam dos primeiros séculos do cristianismo.

Na tradição muçulmana, o Monte do Templo é identificado como "o mais remoto santuário" (em árabe: masjid al-aksa), de onde o profeta Maomé, acompanhado pelo Anjo Gabriel, fez a Jornada Noturna ao Trono de Deus (Alcorão, Surata 17:1, Al-Isra).

A Lei de Proteção dos Lugares Santos (5727-1967) garante a liberdade de acesso aos locais sagrados para os membros das diferentes religiões.

A soberania judaica sobre a cidade terminou no ano 135, com a repressão da Segunda Revolta Judaica contra Roma; e só foi restaurada em 1948, quando o Estado de Israel foi estabelecido. Durante todos aqueles séculos, Jerusalém esteve sob o domínio de poderes estrangeiros. Contudo, através dos tempos, sempre houve judeus vivendo em Jerusalém, e desde 1870 eles constituem a maioria da população da cidade.

Em conseqüência dos combates durante a Guerra da Independência, em 1948, e a subseqüente divisão de Jerusalém, as sinagogas e academias religiosas históricas no Quarteirão Judaico da Cidade Velha foram destruídas ou seriamente danificadas. Com a reunificação da cidade após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, elas foram restauradas e o Quarteirão Judaico reconstruído.

Hoje em dia, Jerusalém é uma cidade movimentada e vibrante. É um centro cultural de renome internacional, que oferece festivais de cinema e artes dramáticas, concertos, museus singulares, grandes bibliotecas e convenções profissionais.

Fonte: Israel Ministry of Foreign Affairs - The State of Israel
Imagem: Jerusalém atual.

2 comentários:

Mons. D. ++Fernão Gomes disse...

Islam (em português Islão) é o nome pelo qual é designada a Fé a partir da Revelação Divina aos Profetas do Antigo Testamento, através de Jesus que, segundo os textos do Alcorão não é Filho de Deus mas sim um Profeta que nasceu por intervenção Divina e que traz com Ele o Evangelho incarnado (que no conceito Cristão corresponde à expressão Verbo de Deus), e ainda no Alcorão revelado por Allah (conceito do Deus único, o Deus de Abraão, Ismael, Isaac, etc., e que em árabe tem o nome de ALLAH, nome este que é igualmente usado pelos Crstãos de expressão árabe.
O termo «muçulmano» foi pela primeira vez usado pelo Profeta Abraão e cujo significado é tão somente "submisso à Vontade Divina". Trata-se portante de um conceito dinâmico, pois apenas se é muçulmano enquanto se está sendo submisso, daí que quer Maria, quer Jesus são considerados, e muito correctamente, pelo Islão como "muçulmanos". Assim, o termo "muçulmano" não é nem deve ser exclusivo daqueles que baseiam a sua Fé também através de Mohammad (Maomé).

Acerca da Mesquita Al-Aksa em Jerusalem não é de forma alguma o "templo mais remoto" segundo o Islão, na medida em que a Kaaba em Maaka (Meca) é o lugar onde pela primeira vez na História da Humanidade o Deus Único foi adorado pelo Profeta Abraão. Em Meca existe a Pedra Negra que é venerada por todos os Muçulmanos porque segundo a sua crença, terá sido trazida do Paraíso pelo Profeta Adão, a qual se diz ter sido branca e devido aos incumprimentos para com Deus se tornou negra. Abraão, como sabe era de Ur (hoje território do Iraque) e nunca esteve nos territórios que hoje são a Palestina e Israel.
Os Muçulmanos inicialmente também se viravam para Jerusalem para cumprirem as suas cinco obrigações diárias para com Deus a que eles chamam Salaht (o conceito não corresponde bem ao termo por nós usado como oração); em devido tempo foi-lhes ordenado por Maomé que deveriam passar a orientar-se na direcção de Meca. Tal alteração, se pensarmos um pouco deve-se ao facto de que Deus havia cortado relações com os Judeus, tanto assim que o véu do Templo de Salomão foi atingido aquando da morte de Jesus por um raio e Jerusalém que posteriormente, conforme o "anúncio" feito de Jesus aquando da entrada triunfal em Jerusalem, foi arrasada.
Mais.
O lugar onde estava o Templo com a Arca da Aliança, conduz à Porta do Céu, daí a razão de Maomé ter sido trazido pelo Anjo até lá, e de lá partiu em direcção ao Trono do Altíssimo. Desta viagem, resultou entre outras coisas a prescrição das cinco vezes (al Salaht) a que diariamente aos "muçulmanos" foi imposta a necessidade de se dirigirem a Allah (Deus).

Notas:
1 - Apenas a título de curiosdidade: O Alcorão tem um capítulo inteiro dedicado a Maria - "Al-Myriam" no qual revela como foi o parto de Maria/nascimento de Jesus; e outro intitulado "Al-Meida" (a "Mesa" da ùltima Ceia)que entre outras coisas revela pormenores acerca da ùltima Ceia de Jesus.
2 - No Alcorão vem mais vezes mencionado o nome de Jesus do que o Nome de Mohammad (Maomé).

3 - Se nem um cabelo cai da nossa cabeça sem que Deus o permita, sobre as ruínas do Templo de Salomão foi no tempo do Kalifa Omar construída a Mesquita Al Aksa...! Pense nisto.

4 - Se a descendência, de quem quer que seja, são o conjunto dos filhos, Abraão teve dois: Ismael e Isaac.
Deus prometeu a Abraão constituir o Seu "Povo Escolhido" a partir da sua descendência - os àrabes que descendem de Ismael filho de Agar, e os descendentes de Issac...! Pense nisto também.

5 - Agar partiu com o seu filho Ismael para o deserto de Paran (hoje Barhain) e segundo o Islão, Ismael ia morrendo de sede, Agar implorou a Misericórdia de Deus, Deus ter-se-á compadecido da aflição daquela mãe e lhe enviou um anjo que a mandou tocar com o gajado numa rocha, donde saiu água. Água essa que nasce precisamente debaixo da Kaaba em Meca e que tem o nome árabe de àgua de Zã-m Zã-m.
Mais nenhum pássaro ou insecto com asas sobrevoa a Kaaba, contornam dando a volta !!!.

Mons. D. ++Fernão Gomes disse...

Se os cidadão de Roma são Romanos, e se a Igreja Catolica Apostolica de Roma se chama Romana, não entendo porque razão usa o sufixo "ista".
De facto de todas as Igrejas iniciais (Igreja Primitiva) a de Roma é a mais nova de todas...!
Como deve saber, foi acordado em Concilio Ecuménico que o Bispo de Roma seria considerado o Primus inrer-Pares, isto é o Primeiro entre-iguais, e não o superior Unioversal da Cristandade toda; Tanto assim que quem ficou com poder de convocar Conilios Ecuménicos foi o Patriarca de Constantinopla (a "Nova Roma"...!)